03 julho 2008

O que escreve a tua pena?

Confesso que não sei bem… Peguei numa folha branca, enfrentei-a e cá estou a deixá-la correr, como se tivesse vontade própria. Apercebo-me que a minha pena é essencialmente “formuladora de Ideias”! Sinto vontade de escrever porque a escrita concretiza aquela confusão que invade o meu pensamento numa espécie de barulheira mental. Pego na pena e saem “Rabiscos” ou então sou só eu comigo mesma em forma de letras!!!

Há alturas em que as palavras falam mais do que aquilo que queremos dizer, há outras em que nos limitam por tentarmos expressar emoções que não cabem nelas. Nestas situações opto pelos rabiscos! Transmito sentimentos, ideias e emoções sem ter que necessariamente lhes dar um nome…

Nos dias em que temos ideias a fermentar cá dentro, é simplesmente impossível não tentar concretizá-las, não as arrumar nas suas devidas prateleiras. Se deixamos acumular chegará a altura em que explodiremos no meio de tanta bagunça que urra por organização pelo nosso equilíbrio emocional. Precisamos saber com o que contamos. Pois então, que haja verdade, que flua um momento intimista que me deixa tirar fotografias “faladas” de recantos que desconhecia em mim. São momentos que se escreve o que nos invade o coração, sem defesas, sem cuidado com as palavras, sem barreiras. Não existem verdades, não existe certo nem errado. Naquele momento sou o mais Livre que consigo. É uma ginástica e custa muitas vezes, mas a mim sempre me ajudou.

Alguns desses textos, resolvo partilhar com um(a) amigo(a), transformando-o assim numa carta, daquelas saborosas!! É uma forma de partilhar com alguém que me diz muito uma descoberta que fiz de mim, do mundo e de tudo o que nos rodeia…

O que escreve a minha pena, nem sei!! Sonhos, Paixões, Promessas, Revoltas, Banalidades, Observações, Convicções, Dúvidas…um pouco de tudo aquilo que dá um sabor agri-doce à vida.

Texto escrito para o Jornal do CUPAV

1 comments:

eu gosto de ti.
em voz alta e no tom que seja, mas ACONTECE :)

dás-me o sossego da sinceridade e o tom do inacabado que assim mesmo nunca pára de avançar. e o que me cativa mesmo é a verdadeira imperfeição, a honestidade do barulho com espaço ao silêncio, o desejo do silêncio pelo inacabado perfeito existir também assim quieto

agora, SOL !

percebeste alguma coisa ...!?