28 setembro 2008

reAgir


«No Caminho, com Maiakovski

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor do nosso jardim
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam o nosso cão.
E Não dizemos nada.

Até que um dia o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E, porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.»

3 comments:

Entrei na onda de escrever pensamentos também e futricando a internet, achei seu blog. bonitos versos :)

Muito bom, parabéns colega blogueira!