19 junho 2013

Escrita

A escrita para mim sempre foi uma companhia, mais até do que a leitura. Talvez por gosto, por necessidade de materializar de alguma forma o rodopio às vezes mental, às vezes emocional que invade o meu ser. Apesar de ser Maria das matemáticas, das engenhocas, das soluções; muito racional e querer sempre entender como tudo funciona, há uma sensibilidade em mim que não cala; que não responde a comos ou porquês, que se faz ouvir mesmo quando não há forma ou palavras para o que é.

Com a escrita sou de fases! Há altura que escrevo incessantemente para o mundo e alturas em que me calo, não porque quero, mas porque parece que se não fizer esse silêncio deixo de me ouvir, deixo de me encontrar. Preciso desse tempo mais pessoal.

Gosto que o meu tempo de escrita seja um tempo de encontro comigo própria, um tempo de sinceridade, um tempo de perceber como foi e como poderia ter sido, perceber pra onde quero ir e pra onde estou realmente a ir e tentar perceber que ajustes precisam ser feitos.
É também um tempo com Deus, um tempo para ver com os Seus olhos e não com os meus. Quase sempre é um tempo de gratidão por tanto bem recebido.


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