Com o passar do tempo e com o nosso crescimento, vamos aprendendo a interpretar aquilo que sentimos, fisica e emocionalmente. E não sei como funciona convosco, mas eu às vezes demoro bastante a entender o que REALMENTE se passa comigo.(Sou assim um pouco lentinhaaaaaa mesmo! hehehe)
Perceber se tenho frio, fome, dor ou sono, é fácil, talvez por serem sinais gritantes no nosso corpo que quase nos impossibilitam de sentir seja o que for para além deles mesmos.
Perceber se estou animada, triste, entusiasmada, sonhadora, ansiosa, nervosa ou desmotivada tem sido com o treino, cada vez mais fácil de identificar. Claro que novas situações acontecem constantemente e volta e meio temos que lidar com sentimentos que nos são estranhos e obrigam-nos a um esforço maior.
A questão para mim às vezes é tentar acolher esse sentimento e o que ele me tenta dizer. Por exemplo, o medo surge na minha vida quando me confronto com algo que acredito ser perigoso e/ou que me pode magoar. O que retiro desse medo é um aviso, e se depois disso o conseguir por de lado, melhor.
Já a ansiedade é um sentimento de apreensão constante e uma espera por qualquer coisa que nunca sei exactamente o que é ou quando virá. Quando acontece de me sentir assim, tento perceber o que me leva a isso e às vezes não consigo. Há qualquer coisa por definir... uma tensão por resolver, que eventualmente se dá aconhecer. :) E para cada um dos sentimentos que vou sentido, vou retirando mais informação sobre o mundo e sobre o seu impacto em mim. =)
A parte verdadeiramente boa é que os sentimentos chegam-nos intocados, mas nós às vezes sabotamo-nos desacreditando aquilo que sentimos em prol de um qualquer raciocinio que tenho certeza que será muito lógico. Eu acredito que o real segredo não é sabotar o que se sente mas antes aceitá-lo. Depois logo se pensa o que fazer com o que se sente.
Acho que nos sabotamos também porque a sensibilidade que temos, por ser uma ferramenta maravilhosa ao nosso dispor, é também fonte de sofrimento, dúvidas e vontade de viver num lugar mais além onde nem toda agente aguenta, quer ou ousa entrar.
Acredito que a derradeira procura do homem é a felicidade pelo Amor. Amor à vida, às pessoas, ao outro e aos outros. Seremos/somos felizes quando nos aceitamos e nos sentimos amados assim e integralmente e só podemos ser amados integralmente quando nos entregamos por inteiro. Enquanto isso não acontecer, os outros amam apenas a parte de mim que entrego, a única que lhes é acessível.
E para mim de facto é engraçado ver a quantidade diferente de níveis de sentir que podemos ter, o que os despoletam e como podemos lidar com eles de formas tão distintas. Esta Vida que nos anima é muito rica. Resta-nos criarmos espaço em nós para nos sentirmos mais e melhor.
9 comments:
Sem dúvidas quando paramos para refletir, observamos a graça da vida por outro foco!
Abraços!
Observar a lua, ver a folha levada pelo vento, o dia que se esvai no domingo de dezembro, o filho que fala pela primeira vez pa-pa-pai, a carteira de couro que julguei perdida para sempre entre montanhas de entulho jogoas no meu quarto, as fotos de formatura do segundo grau dançando com a primeira namorada.
A vida é cheia de coisas tão especiais, tão simples e eu aqui julgando sempre merecedor do melhor, do melhor, do melhor. E este melhor nunca chega.
Estou pra assumir uma postura zen, definitivamente. De abdicar de projetos mundanos. Vou viver tal qual um beatnic. Alguma atitude precisa ser tomada.
E UM PENSAMENTO A SER SEGUIDO
POREM A VIDA E BEM MAIS COMPLEXA!
Escrita palpitante aqui, textos assim emotivam aos que observar neste sítio .....
Escreve muito mais de este blogue, aos teus visitantes.
Olá agradável esta página parece bem organizado.........Boa pinta :/
Gostei muito Continua deste modo !
Oi amei o seu blog!
Estou começando agora e adoraria que você me visitasse...
vc está de parabéns!
Te aguardo
viver pa sentir...",)*
WOW...
Gostei muito de seu texto, me fez lembrar passagens de um livro que estou lendo, quem sabe você até já leu, chama-se "O Efeito Sombra", basicamente fala desse reconhecimento que precisamos fazer dos nosso sentimentos ruins e também daquela parte lá, de que mostramos apenas o que queremos mostrar, quando na verdade as pessoas precisam gostar de nós por inteiro e não apenas por uma parte!!
http://sigiloquebrado.blogspot.com/
Olá Elise,
Nunca li esse livro, mas parece interessante. :)
Vou espreitar o teu blog :D
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